Especial Autocuidado
cuidado como estratégia de amor,
auto-preservação e resistência
cuidado como estratégia de amor,
auto-preservação e resistência
Chá quente, banho de espuma e pepino nos olhos. É essa a visão de autocuidado difundida nas redes sociais. Mas cuidar de si vai muito além das receitas prontas e de atos pontuais de indulgência. É sobre se conhecer e se oferecer o que se precisa realmente, mirando benefícios de longo prazo.
Diariamente, somos bombardeadas por pressões, cobranças e demandas, diretas ou indiretas. São tantos estímulos externos que não sobra espaço e tempo para nos investigarmos e escutarmos nossos desejos mais genuínos. Costumamos fazer isso quando a casa já desmoronou: o corpo deu sinais de esgotamento, as relações de trabalho ou pessoais já se tensionaram, a saúde mental se esvaiu, e por aí em diante.
Você já se viu em alguma dessas situações?
Mas como será que podemos alimentar um cuidado diário com nossos sentimentos, emoções e relações? De que forma nossas relações interferem ou contribuem para a nossa saúde mental? Como estabelecer limites para cuidarmos do nosso espaço individual nas relações? É possível permanecer estáveis e inteiras no ambiente de trabalho, independente de qual seja? E como podemos, afinal, amar nosso corpo — seja o corpo que for?
Por isso, reparamos essa breve trilha de conteúdos (textos, vídeos, podcasts e recomendações de livros e práticas) que curamos com carinho, para aprofundarmos no tema de autocuidado juntas.
Vamos? Para começar, dá o play no vídeo abaixo.
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Autocuidado não é, necessariamente, sobre pequenos agrados eventuais, sobre atender os próprios desejos. Não é só sobre a nossa própria felicidade.
Por uma perspectiva mais ampla de desenvolvimento humano, autocuidado, para as mulheres, tem um sentido mais profundo. É uma estratégia para encontrarmos caminhos de subverter lógicas de gênero predominantes, como sempre cuidar ao invés de sermos cuidadas e, hora ou outra, ultrapassarmos limites internos rumo à exaustão. É uma potência social, de resistência e afeto.
Para mergulhar no assunto nesse mês, trouxemos histórias inspiradoras de mulheres incríveis e reais que desenvolveram um caminho genuíno de autocuidado como ferramenta de transformação, além de materiais de aprofundamento e práticas pessoais.
Para esse especial, fizemos uma pesquisa profunda dos significados de autocuidado para as mulheres, até chegar no nosso próprio, da Próspera: entendemos autocuidado como um fator crucial para uma vida feliz, e, mais que isso, como um componente político de auto-preservação e resistência.
Para de fato desenvolvermos autocuidado nas nossas vidas, precisamos alcançar o sentido mais profundo do termo. Para além do que falam sobre o assunto na web, nos feeds de instagram e nas capas de revista: o que é autocuidado, por uma perspectiva de desenvolvimento humano? Vamos, juntas, começar esse especial com a responsabilidade de refletir e aprender sobre o real significado de autocuidado para nós, mulheres.
Referências que abordam o conceito de Autocuidado e nas quais você pode mergulhar sem medo.
Nem uma abordagem pop e indulgente, nem uma abordagem teorica. Na Prospera, contemplamos autocuidado por meio de três pilares principais — dimensão pessoal, coletiva e política.
Olhe para os lados. Quantas mulheres ao seu redor adoeceram nos últimos meses? Quantas estão exaustas fisicamente? E cansadas emocionalmente? E se olhássemos com mais amor para nós mesmas e praticássemos o autocuidado no dia a dia? Temos um convite para você.
Leia na íntegra aqui >
As redes sociais estão cheias de pílulas de autocuidado: faça isso, pare, respire, cuide da sua energia, beba água. Mas a realidade é bem mais complexa do que isso. Como ser capaz de cuidar de um corpo quando não gostamos do que vemos no espelho? Como zelar pela mente quando a depressão bate forte à porta? As histórias de Giovana e Gabrielle são um mergulho em jornadas de autocuidado em situações difíceis.
Corpo: Qual a primeira memória que vem a sua cabeça quando você lê ou ouve a palavra? É uma lembrança boa? Negativa? Opressora ou libertadora? Giovana Camargo conta como fez do corpo um exercício diário de autocuidado, amor e revolução.
Assista na íntegra aqui >
Corpo físico, saúde mental: dois mundos opostos e que sofrem, constantemente, pressões e opressões. Como podemos, então, lançar um olhar mais atencioso, carinhoso e zeloso para essas duas dimensões?
Autocuidado começa dentro da gente. Mas essa é só a primeira parte do processo. É importante cuidarmos de nós também através das relações e do trabalho que escolhemos ter - e que estão ali, conosco, todos os dias. Sem isso, corremos o risco de trilhar uma caminhada de cuidado difícil de sustentar a longo prazo. Aline Ramos e Priscila Barbosa nos contam, essa semana, como encontraram seus próprios caminhos de cuidado nessas duas áreas.
Quantas de nós carregamos feridas que, pelo momento ou pela nossa inaptidão ao lidar com as dores e o sofrimento, se transformam em traumas? A história de Aline Ramos nos inspira a olhar para nossas relações de forma mais lúcida e presente.
Assista na íntegra aqui >
Não há como negar, o trabalho, para nós mulheres, é uma corrida com (muitos) obstáculos. Largamos atrás e quando cruzamos a linha de chegada que almejamos, com frequência foi à base de muitas coisas que deixamos para trás, que precisamos abandonar pelo caminho ou escolher — mesmo quando não queríamos. A história inspiradora de Priscila Barbosa nos mostra como o autocuidado, nessa dimensão, pode ser potente e revolucionário.
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Ninguém é uma ilha. Estamos em constante relacionar-se com outras e outras. Por isso, trazemos indicações de materiais que podem ajudar você por aí a mergulhar nessa investigação para ressignificar vínculos e torná-los benéficos para a nossa vida — e para a de quem nos cerca.
Veja na íntegra aqui >
Cuidado ganha uma outra perspectiva quando estamos num contexto de luta ou na militância do dia a dia - que começa por existirmos enquanto mulheres. Nessa semana, o foco é a dimensão política e interseccional de autocuidado, para todas as mulheres que estão, de um jeito ou de outro, na linha de frente.
A trama política atual trouxe à superfície uma fissura até então normalizada — ou pelo menos invisibilizada —: mulheres com voz militante e ação ativista estão adoecendo. O que, afinal, podemos fazer para cuidar de nós e das outras na linha de frente? Como ativar a ferramenta poderosa de Autocuidado para que estejamos firmes, seguras e criativas nos nossos movimentos sociais?
Leia na íntegra aqui >
Preparamos um manual ilustrado com 8 lembretes preciosos dessa nossa jornada de autocuidado. Baixe, imprima, pendure na parede: o importante é não perder essas lições preciosas de vista jamais.
Chegamos ao fim do Especial de Autocuidado. Esse conteúdo foi um passo em direção a uma vida onde se cuidar de verdade é um hábito, algo natural para nós. Mas, para isso, precisamos seguir praticando. Se cuidar é uma jornada de vida.
Inspiradas no livro Resgate Emocional, escolhemos exercícios fundamentais para cuidarmos de nós mesmas. Ao longo das 5 semanas desse especial, buscamos descobrir formas de nos relacionarmos com mais habilidade com nossas emoções.
Os encontros de prática já aconteceram, mas os áudios estão disponíveis aqui, para você aproveitar à sua maneira, no seu tempo.
20.11 | Familiarizando-se com as próprias emoções.
Vamos falar sobre os conceitos gerais do livro Resgate Emocional e descobrir atitudes possíveis diante das emoções. Vamos praticar presença mental, firmando nosso compromisso individual com o processo.
27.11 | Atenção ao vão: criando distância entre nós e as nossas emoções.
Vamos abrir espaço para trabalhar com nossas energias emocionais. Vamos praticar nos distanciarmos de nossas emoções para podermos reagir a elas com consciência, detendo reações impulsivas.
04.12 | Visão Clara: enxergando a situação por completo.
Vamos levar o foco para as nossas relações para ver a união entre nós e o mundo. Buscando uma visão panorâmica, sem registrar somente elementos individuais, vamos investigar os padrões que nossas emoções seguem.
11.12 | Soltar: libertando-se das emoções.
Este será o momento de deixarmos ir os rótulos e a visão de que as emoções são estáticas. Vamos ampliar nossa visão para nos enxergarmos no ambiente e investigar as sensações de nos libertarmos das emoções.
18.12 | Conexão compassiva com as emoções para seguir caminhando.
No último encontro vamos falar sobre a importância da bondade e da visão positiva enquando lidamos com as emoções. Vamos praticar a compaixão com o nosso processo e trabalho com o que sentimos.
oi@comum.vc
“Em 2016 fui diagnosticada com uma depressão profunda. Não foram poucas às vezes em que senti vontade de dar cabo daquilo, de fazer parar aquela dor, de preencher aquele buraco negro que fez morada bem no meio do meu peito.” Relato potente e inspirador de Gabrielle Estevans e um começo de conversa sobre como podemos olhar mais atenta e diariamente para o autocuidado de nossas mentes.
Para assistir clique aqui >