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4 atitudes que influenciaram no desenvolvimento da sua vida sexual e você não sabia

 

Tudo o que acontece ao nosso redor no molda. Principalmente as relações entre as pessoas, a maneira que elas enxergam o mundo e que se relacionam com a gente. Não é determinante, mas influencia muito. Com o sexo e a sexualidade não seria diferente.

Quando somos crianças vemos os adultos tendo atitudes que, hoje, são passíveis de crítica. Eles estão tentando fazer o melhor, talvez reproduzam o que tiveram acesso e acham que não tem nada de errado naquilo. Mas tudo o que vivemos tem um papel importante na pessoa que nos tornamos. Então escolhemos quatro atitudes que podem transformar totalmente a relação que temos com nossos corpos, o prazer e o sexo.

1 – Quantas vezes você ouviu um “tira a mão daí”?

A descoberta da sexualidade começa no dia um das nossas vidas. Toques, carinho, acolhimento. Tudo isso nos faz descobrir o que é sentir prazer e depois vai dar os contornos de como nos relacionaremos com nossos corpos e com o mundo.

Cada vez que uma menina é repreendida por buscar prazer ou conhecer seu corpo, ela se sente em risco. Quando nos sentimos em risco nos protegemos. E como fazemos isso quando crianças? Obedecendo ordens. E então deixamos nosso autoconhecimento de lado ou o carregamos com culpa.

Sem nos conhecermos é impossível saber quem somos e, consequentemente, não temos capacidade de nos dar ou receber o prazer que poderíamos desfrutar.

2 – Como as pessoas ao seu redor lidavam com a sexualidade e o corpo?

Nosso corpo é um dos meios de alcançarmos o prazer. Se todas as pessoas ao seu redor acreditam que o próprio corpo tem problemas, você vai acreditar que esse é o padrão.

Sabe aquela cena do filme “Meninas Malvadas” em que todas as garotas estão em frente ao espelho citando seus defeitos e quando a personagem de Lindsay Lohan não diz nada acham que tem algo errado com ela? É quase isso.

Se o padrão é não gostar do corpo, não valorizar prazeres ou dizer que isso não é parte da nossa vida, vamos seguir o padrão. E ele é extremamente cruel.

3 – Você foi ensinada a gostar do que te dá prazer?

Quanto mais carinho a gente recebe, mais gosta de carinho e sente prazer com isso. Quanto menos carinho a gente recebe, ou se o recebe apenas em momentos distantes do prazer, não aprendemos a lidar com ele, por exemplo.

Nosso corpo lida com sensações e cria ligações entre elas e entendimentos racionais. Se sentir prazer é um motivo de culpa, como você vai se sentir a vontade para busca-lo?

4 – A erotização não é, necessariamente, algo ruim

Descobrimos o que é ou não é sexual/erótico de fora para dentro. O outro é o referencial que nos diz isso. Assim aprendemos que podemos massagear nossos pés e falar sobre isso, mas que o clitóris não é assunto aberto. Em alguns casos somos ensinados, nessa influência externa, que qualquer prazer ligado ao sexo é sujo e errado.

Meninas são ensinadas diariamente que a masturbação não é para elas ou que sexo não faz parte da vida feminina, por exemplo. Tudo isso impede que se crie laços positivos com a sexualidade e a erotização. O erótico passa a estar no grupo de coisas proibidas e a influência que isso tem na nossa vida é imensurável.


Sexualidade: a trilha da mês

A trilha da Comum desse mês é sobre sexualidade feminina. Vamos explorar o tema juntas, através de textos, vídeos, conversas no fórum e práticas. O percurso começou em setembro e está disponível integralmente só pras assinantes. Se quiser saber como se tornar uma pra ter acesso às trilhas, ao fórum e os encontros fechados, clica aqui e vem com a gente. 

O encontro é aberto a todas as mulheres. Saiba mais aqui.

 


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Carol Patrocinio é jornalista e divide seu tempo entre escrever para diversas publicações sobre assuntos relacionados ao mundo feminino e ao feminismo, como o Ondda, seu canal no Medium, vídeos no Youtube e consultorias para negócios que querem falar com as mulheres.