Comida também é lugar de amparo, cuidado e afeto. Esse relato não é sobre ser autocondescendente, mas sobre reconhecer os momentos em que precisamos deixar a severidade de lado e acolhermos a nós mesmas para que não sucumbamos.
Comemos quando estamos ansiosas, bravas, angustiadas. Quando estamos tristes e nos sentindo sozinhas, sem propósito. Quando estamos em depressão. Comemos para lidar com coisas as quais poderíamos cuidar de outros jeitos mais saudáveis para nossa mente e nosso corpo.
Sem receita de bolo, dietas mirabolantes ou julgamentos: para além da prisão estética, das regras nutricionais normalizadas e de reeducação alimentares, essa trilha propõe um olhar gentil e autocompassivo para nossa alimentação.
Eu emagreci trinta quilos e continuo tão infeliz quanto antes. Quem diria, né? Qualquer mulher diria. Mas nunca em voz alta. A gente sabe o peso dessa frase. Dessa vida.
Se antes eu acreditava que “comida é meu problema, tudo que eu faço reflete na comida”, hoje eu aprendi que “comida é minha solução, tudo o que eu como reflete no que eu faço”. Cada uma de nós sabe o que deve ser feito, só temos que nos ouvir
Os papeis que a gente desempenha na vida têm uma ligação fortíssima com nossa relação com a alimentação. Mapear essas intersecções é um bom exercício para entender isso!
A relação que construímos com a comida depende de muitas variáveis, mas ela influencia a relação que temos com nosso corpo e com o mundo externo. Nessa série vamos falar sobre como encontrar novos significados para algo tão presente na nossa vida