Seguimos com a ideia do diário - gradativamente a menina vai se transformando em uma mulher, e vai percebendo como tem vivido esse espectro amplo de significados.
Nessa semana, a intenção é que você possa olhar para como você tem visto as mulheres.
Pare, tome um tempo, pense nas seguintes questões e depois anote no seu diário:
Como você vê as mulheres da sua família: como são seus corpos? Eleja as mais próximas e escreva o que você vê desde o formato até os atributos que você dá a eles.
Como esses corpos são marcados pelas suas histórias de vida? Eles têm dores que você conhece? Cicatrizes?
Você vê sexualidade nessas mulheres? Erotização?
Como elas se vestem no dia a dia?
Como elas falam, se expressam?
Como elas se comportam entre si?
Como elas se comportam com os homens num geral?
Quais as qualidades que você vê nelas e que acha que elas não sabem que possuem?
Em um outro dia da semana, você está convidada a uma experiência com você mesma. À noite você vai escolher um dia para tomar um banho no escuro. Relaxe, respire e note as seguintes coisas:
Reconheça seu corpo a partir do seu do seu sentir, se toque.
Quais as possibilidades de você se reconhecer a partir de um contato tátil, não guiado pelos olhos do outro ou pela imagem de um espelho?
Não é preciso focar nas sensações de prazer, a intenção é reconhecer e dar forma pra esse corpo que existe hoje, como ele é.
Identifique como seu corpo comunica sexualidade.
Não é fácil. Mas é um convite pra um outro contato, um outro tipo de abertura. Depois, se quiser e sentir vontade, compartilha suas experiências com essas práticas lá no fórum.
Vamos juntas.
Todas as nossas experiências, dúvidas e angústias estão sendo compartilhadas no fórum - Trilha #2: Sexualidade | Olhando pra construções internas profundas - e assim, juntas, deixamos esse caminho mais fácil.
Renata Pazos é psicóloga junguiana com especialização em abordagem corporal, atua na área clínica há alguns anos trabalhando com a relação entre mente e corpo através da calatonia e dos toques sutis. Feminista em (constante) construção, vem dedicando-se a buscar novas formas de atuação terapêutica a partir de um olhar feminista para a Psicologia e psicoterapia. Tem como foco o trabalho com as mulheres e também o público LGBT.