Apropriar-se da própria sexualidade é, antes de mais nada e acima de tudo, se utilizar da maior forma de poder que o homem exerceu sobre as mulheres até hoje: o controle do seu corpo, seu desejo, sua fala
As dicotomias, crenças, categorizações e arquétipos em torno do que é ser mulher estão com a gente, lado a lado, nos nossos referenciais e na construção da nossa sexualidade e das mulheres ao nosso redor.
Vamos honrar e respeitar nossos corpos pelo que eles fazem ao invés de desprezá-los pelo que eles são. Vamos manter o foco em viver vidas saudáveis e ativas, deixar nosso peso de lado e largar nosso ódio ao corpo no passado, que é onde ele merece ficar.
Queria que ela soubesse que pode ser gorda, magra, ter estria, ter peitão, ter peitinho, quadril largo, bunda pequena, que pode ter celulite, que pode não gostar de maquiagem ou gostar
A professora me disse para tentar fechar os olhos, porque muitas vezes acreditamos que o equilíbrio vem do que o olhar alcança, mas que na verdade ele vem de dentro, vem da gente. Temos o péssimo hábito de nos comparar, de olhar para o lado e buscar reconhecimento no outro.
Nós mulheres gastamos muito tempo de nossas vidas úteis e produtivas odiando nossas barrigas, nossos peitos, nossas bundas, nossos umbigos, nossos cotovelos e pescoços.
Exercícios servem para manter o organismo funcionando em sua melhor forma, esportes usam essas funções para gerar sensações imensas de bem estar. Não tem porque não praticar ou porque o restringir a um perfil escolhido por visões comerciais.
Que fique bem claro: não tenho nenhuma pretensão que você percorra a cidade em busca de bardana e alfarroba quando terminar este texto. Minha sugestão é que juntas possamos refletir sobre nossos reais objetivos em relação à saúde, bem-estar e claro, nossos hábitos de consumo.